segunda-feira, 20 de junho de 2011

Francisco Braga


Antônio Francisco Braga nasceu no Rio de Janeiro dia 15 de Abril de 1868 e faleceu na mesma cidade em 14 de Março de 1945.

            Foi um compositor, regente e professor brasileiro, iniciou os seus estudos musicais em 1876 e concluiu o curso de clarineta com Antônio Luís de Moura em 1886, também estudou harmonia e contraponto com Carlos de Mesquita.

Em meados de 1890 participou do concurso oficial para a escolha do novo Hino Nacional brasileiro, classificando-se entre os quatro primeiros colocados e, com isso, obteve bolsa de dois anos para estudar na Europa.

Foi então para Paris, onde estudou composição com Jules Massenet e, posteriormente, fixou residência em Dresden, Alemanha.

Influenciado pelo compositor alemão Wagner, decidiu compor uma obra de maiores proporções, utilizando recursos cênicos, vocais e orquestrais. Assim, baseado em novela de Bernardo Guimarães, compôs Jupira, ópera em um ato, que dirigiu pela primeira vez no Teatro Lírico do Rio de Janeiro em 1900, ano da sua volta ao Brasil.

Dois anos depois foi nomeado professor do Instituto Nacional de Música, no Rio. Em 1905 compôs o Hino à Bandeira, cujos versos são de Olavo Bilac.

Suas composições primavam pelo bom acabamento e leveza de técnica, sem complexidade aparente, marca de sua formação francesa. As inúmeras composições de marchas e hinos lhe valeram o apelido de "Chico dos Hinos".

Em 1908 compôs, a partir de temas nacionais, a música para O contratador de diamantes, drama de Afonso Arinos, e em 1909, na inauguração do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, foi apresentado em primeira audição seu poema sinfônico Insônia.

Em 1912 participou da fundação da Sociedade de Concertos Sinfônicos, da qual se tornou diretor artístico e regente, permanecendo à frente da orquestra por vinte anos. Presidente perpétuo da Sociedade Pró-Música e fundador do Sindicato dos Músicos, Francisco Braga foi escolhido como Patrono da Cadeira de número 32 da Academia Brasileira de Música.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Alberto Nepomuceno








Nasceu em Fortaleza-CE no dia 6 de julho de 1864 e faleceu no Rio de Janeiro em 16 de outubro de 1920.
Considerado o pai da canção de câmara brasileira, tendo insistido na necessidade de utilização do idioma nacional como mais uma forma de nacionalizar a linguagem musical.

Em 1872 foi para Recife estudar piano e violino. La manteve amizade com alunos e mestres da Faculdade de Direito, com quem fervilhavam idéias e análises sociais de vanguarda. Tornou-se um defensor atuante das causas republicanas e abolicionistas, sem descuidar, no entanto, de suas atividades como músico.

Em 1885 mudou-se para o Rio de Janeiro, dando continuidade aos seus estudos de piano. Seu grande interesse pela literatura brasileira e pela valorização da língua portuguesa aproximou-o de alguns dos mais importantes autores da época, surgindo, da parceria com poetas e escritores, várias composições como Artemis, Coração triste e Numa Concha.

Em 1887 compôs Dança de Negros, com utilização de motivos étnicos brasileiros, e que mais tarde se tornou Batuque, da Série Brasileira. Mazurca, Une Fleur, Ave Maria e Marcha Fúnebre são dessa época.

Em 1888 foi para a Europa, com o objetivo de ampliar sua formação musical. Primeiro esteve em Roma. Em 1890 foi para Berlim, onde aperfeiçoou seu domínio da língua alemã e estudou composição.

Em 1893 casou-se com a pianista norueguesa Walborg Bang, aluna de Edvard Grieg, o mais importante compositor norueguês da época, representante máximo do nacionalismo romântico. Após seu casamento, foi morar na casa de Grieg. Esta amizade foi fundamental para que Nepomuceno elaborasse um ideal nacionalista e, sobretudo, se definisse por uma obra atenta à riqueza cultural brasileira.

Em 1894 foi para Paris aprimorar os estudos de órgão. Lá conheceu Saint-Saëns, Charles Bordes, Vicent D'Indy e outros. A convite de Charles Chabault, catedrático de grego na Sorbonne, escreveu a música incidental para a tragédia Electra.

Em 1895 realizou um concerto histórico: apresentou pela primeira vez, no Instituto Nacional de Música, uma série de canções de sua autoria, em português. Estava deflagrada a guerra pela nacionalização da música erudita brasileira, contrariando aqueles que afirmavam que a língua portuguesa era inadequada para o bel canto.

A luta pela nacionalização da música erudita foi ampliada com o início de suas atividades na Associação de Concertos Populares, que dirigiu por dez anos (1896-1906), promovendo o reconhecimento de compositores brasileiros. A sua coletânea de doze canções em português foi lançada em 1904.

A Garatuja, comédia lírica baseada na obra homônima de José de Alencar, é considerada a primeira ópera verdadeiramente brasileira no tocante à música, ambientação e utilização da língua portuguesa.
http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_1468.html